Cultivo de 400 orquídeas é terapia de promotor de vendas que há 17 anos se apaixonou pela planta
Rheury Duarte conheceu a espécie na casa de uma tia e cultiva a planta no quintal de casa desde então. O promotor de vendas afirma que os cuidados dedicados s...

Rheury Duarte conheceu a espécie na casa de uma tia e cultiva a planta no quintal de casa desde então. O promotor de vendas afirma que os cuidados dedicados servem como terapia. Cultivo de 400 orquídeas é terapia de promotor de vendas em MS Mais calmo e comunicativo: assim que o cultivo de 400 orquídeas transformou a vida do promotor de vendas Rheury Duarte, de 39 anos, morador de Campo Grande (MS). Há 17 anos, ele se apaixonou pela planta ao visitar a casa de uma tia, depois descobriu outros amantes e então passou a cultivar na própria casa. O primeiro encontro com a planta foi em 2008, quando visitou a chácara de uma tia em Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande. Era uma orquídea Cattleya. “Achei muito bonita e cheirosa”. Dez anos depois, encontrou com a planta novamente em uma feira. “Comprei algumas mudas e durante a conversa com o vendedor descobri a Associação Campograndense de Orquidofilia e Ambientalismo (Acoa). Depois de ter conhecido, passei a visitar uma exposição de orquídeas realizada sempre no mês de agosto”, explicou. A partir dali começou a adquirir mudas. Cerca de 400 orquídeas são cultivadas por promotor de vendas no quintal de casa em Campo Grande. (Arquivo pessoal) Nas horas vagas, Rheury pode ser encontrado no quintal de casa, no orquidário montado em um espaço de pouco mais de 20 metros quadrados. Das 400 plantas, 95% são da espécie Cattleya Nobilior, cujo a floração já está começando e vai até setembro, outros 5% são da espécie Cattleya walkeriana. Casado há 15 anos, duas filhas de 13 anos e 1 ano, Rheury disse que no início a esposa não aceitou muito e reclamava do tempo que ele passava com as plantas, mas depois de tomar conhecimento de que as flores o mantinha perto da família e que fazia bem para ele, ela acabou aceitando. “Ela acha bonito, mas não ajuda a cuidar não. Ela criticou no começo, mas hoje entende”, brincou. "Pra mim, é um hobby, um passatempo, é como se fosse uma terapia também. Às vezes, eu chego às vezes cansado do serviço, estressado, aí vejo minha família, converso, logo depois vou ver elas [plantas]. Vou olhar como estão as raízes delas, as folhas. Se está vindo flora ou não. Olho o andamento, se vou ter que adubar”. Capela montada na casa de Rheury. Primeiro teste em 2022 e atualmente. (Arquivo pessoal) Germinação e cruzamento Assim que encontrou a associação e outros amantes da planta, o promotor de vendas descobriu como criar uma espécie de estufa para germinar e semear a orquídea. Em 2018, como fazia faculdade de biomedicina, Rheury tinha um pouco de conhecimento sobre manuseio de capela, fluxo laminar e sobre alguns métodos para manipular objetos dentro dessa capela, que tem o intuito de filtrar o ar sujo, fazendo com que possa manusear dentro no ambiente esterilizado e então decidiu fazer a capela em casa. “Eu comecei a fazer alguns testes de coisas simples, caixas fechadas e deu muitos erros porque não pode entrar fungos dentro desses frascos. Todo o ambiente, então não pode ter fungo, bactérias, se não elas não germinam”, explicou. Já no ano passado Rheury investiu um pouco mais e conseguiu montar uma capela semi-profissional. “São métodos que eu fiz. Fiz ela em madeira MDF, desenhei, montei, comprei o filtro próprio, que é o filtro H13 que traz 99,97% de chance de conseguir manipular um objeto dentro dessa capela e não dar fungo”, detalha. No final do ano o espaço montado em casa terá um upgrade por conta dos cruzamentos e da germinação. “Não vivo disso, mas quem sabe um dia eu não venda os cruzamentos delas para colecionadores. Eles colecionam mais a boa forma da planta e a variedade de cores. São detalhes que para os colecionadores fazem a diferença. Para leigos é só uma planta. Há plantas que já foram vendidas a R$25 mil a muda, por exemplo”. Depois de semeada são de três a quatro anos para ela se tornar adulta e então florir. Cruzamento e germinação de orquídeas em estufa na casa de Rheury. (Arquivo pessoal) Símbolo de Mato Grosso do Sul A Cattleya Nobilior, foi escolhida pelo morador porque é de fácil cultivo, habituada ao clima e por ser símbolo de Mato Grosso do Sul por lei. Em janeiro de 2019 foi instituída a orquídea "Cattleya Nobilior", como a flor símbolo do Estado de Mato Grosso do Sul. A comemoração é feita em agosto, época de maior concentração da floração. Como flor simbólica tem objetivo de promover a produção de flores, desenvolver a economia, o turismo e a preservação ao meio ambiente. Para o futuro, Rheury explicou que a ideia é conseguir uma sede para a associação e assim construir uma estufa, como a que ele tem em casa, um laboratório para germinar as plantas nativas para realocá-las em parques públicos, escolas, praças e hospitais. Promotor de vendas se apaixonou por orquídea há 17 anos. (Arquivo pessoal) Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: