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Dólar abre em queda com mercado à espera dos dados de inflação nos EUA

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O dólar iniciou a sessão desta sexta-feira (5) em queda, recuando 0,19% por volta das 9h02, a R$ 5,3001. J...

Dólar abre em queda com mercado à espera dos dados de inflação nos EUA
Dólar abre em queda com mercado à espera dos dados de inflação nos EUA (Foto: Reprodução)

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O dólar iniciou a sessão desta sexta-feira (5) em queda, recuando 0,19% por volta das 9h02, a R$ 5,3001. Já o Ibovespa. principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h. Em um dia de agenda doméstica esvaziada, os investidores voltam as atenções para dados da inflação nos Estados Unidos. Enquanto isso, o cenário político e econômico local segue no radar após a bateria de dados divulgada nos últimos dias. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Nos Estados Unidos, será divulgado o índice de preços de gastos com consumo (PCE) de setembro, considerado pelo Federal Reserve o termômetro mais importante da inflação. Mesmo com o atraso causado pelo shutdown, os dados devem orientar as apostas de corte de juros já na próxima semana. ▶️ Também no ambiente americano, saem hoje os números de confiança do consumidor medidos pela Universidade de Michigan, outro indicador acompanhado de perto pelos mercados. ▶️ No Brasil, o Ibovespa encerrou o pregão anterior em alta e voltou a marcar recordes acima dos 164 mil pontos. A leitura predominante é de que a Selic pode começar a recuar no início de 2026, em linha com a perspectiva de flexibilização monetária nos Estados Unidos. ▶️ O PIB do terceiro trimestre, divulgado ontem, mostrou avanço modesto de 0,1%. O resultado reflete a perda de ritmo do setor de serviços e do consumo das famílias, e reforça a avaliação de que o Banco Central pode iniciar os cortes de juros já em janeiro. ▶️ No campo político, o Congresso aprovou a LDO de 2026, que mantém o pagamento de emendas e determina que eventuais contingenciamentos busquem o limite inferior da meta fiscal. O texto segue agora para sanção presidencial. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado: 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,46%; Acumulado do mês: -0,46%; Acumulado do ano: -14,07%. 📈Ibovespa C Acumulado da semana: +3,39%; Acumulado do mês: +3,39%; Acumulado do ano: +36,73%. PIB do 3º trimestre O PIB do Brasil ficou praticamente estável no terceiro trimestre de 2025, com uma alta de 0,1% no período. O resultado, que veio um pouco abaixo do esperado pelos analistas (0,2%), mostra que a economia está perdendo força. No trimestre anterior, a atividade econômica do país havia crescido 0,3%. Mesmo assim, alguns setores continuaram dando fôlego. A Indústria cresceu 0,8% e a Agropecuária avançou 0,4%. Mas o principal setor do país, de Serviços, quase não andou (0,1%), assim como o Consumo das famílias, que também ficou em 0,1%. Segundo o IBGE, o movimento pode ser explicado pelo alto patamar da taxa básica de juros (a Selic está em 15% ao ano), que deixa o crédito mais caro. Isso reduz as compras e pesa no dia a dia das famílias. Do lado do governo, os gastos voltaram a subir (1,3%) e ajudaram a segurar a demanda interna. Os investimentos, que tinham caído no trimestre anterior, cresceram 0,9%. No comércio exterior, as exportações dispararam 3,3%, puxadas por produtos como soja, carne e minério, enquanto as importações tiveram leve alta de 0,3%. Mesmo com o tarifaço, parte dos exportadores conseguiu encontrar novos compradores e manter as vendas. Em valores correntes, a economia brasileira movimentou R$ 3,2 trilhões no período. Aprovação do Orçamento e tensão entre poderes O Congresso Nacional aprovou na tarde desta quinta-feira (4), em sessão conjunta, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026. 🔎 A LDO é a proposta que estabelece as regras para elaboração do Orçamento do próximo ano. Cabe à LDO definir, por exemplo, o nível de equilíbrio entre receitas e despesas federais. Além de estabelecer instruções para execução e elaboração do Orçamento do próximo ano, o texto determina que mais da metade das emendas parlamentares terá de ser paga pelo governo até o final do primeiro semestre. A aprovação do Orçamento vem em meio à tensão entre Poderes. Na véspera, o ministro Gilmar Mendes decidiu ontem que só a Procuradoria-Geral da República pode pedir impeachment de ministros do STF. Antes, qualquer pessoa podia fazer isso. A determinação irritou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que disse que o Supremo está interferindo no Legislativo. A mudança ocorre após questionamentos à Lei do Impeachment, de 1950. Em 2025, o Senado recebeu cerca de 30 pedidos para afastar ministros do STF, quase todos feitos por cidadãos comuns. Nesta quarta-feira, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu que o ministro reconsidere a decisão. Em manifestação enviada a Mendes, a AGU pede que a medida cautelar também tenha os efeitos suspensos até o julgamento em definitivo do tema pelo Plenário do STF. A decisão do ministro gerou reação no mundo político, e acendeu debates sobre o papel do Congresso e do Supremo. O g1 explicou, nesta reportagem, os termos jurídicos usados e o que está em jogo. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados americanos estão focados nos dados de inflação que serão divulgados hoje, já que eles podem confirmar a expectativa de corte nos juros pelo banco central dos EUA na próxima semana. Por volta das 8h (horário de Brasília), os contratos futuros indicavam alta: o S&P 500 Futuro subia 0,17% e o Nasdaq Futuro avançava 0,37%. As bolsas europeias também operam em alta, acompanhando o otimismo com a expectativa de corte de juros nos EUA. Além disso, investidores seguem atentos às negociações para um possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, enquanto o presidente russo Vladimir Putin cumpre agenda na Índia após encontro com uma delegação americana. Durante a manhã, os principais índices registravam ganhos: o STOXX 600 avançava 0,27%, o DAX subia 0,44%, o FTSE 100 tinha alta de 0,23% e o CAC 40 ganhava 0,31%. Já as bolsas asiáticas fecharam com resultados positivos, interrompendo uma sequência de quedas na China. O avanço foi impulsionado pelo otimismo com fabricantes locais de chips, em meio a tensões comerciais com os EUA e medidas para fortalecer a produção doméstica. No fechamento: em Xangai, o índice SSEC subiu 0,70%, para 3.902 pontos, e o CSI300 avançou 0,84%, a 4.584 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng ganhou 0,58%, aos 26.085 pontos. Já o Nikkei, em Tóquio, caiu 1,05%, para 50.491 pontos. Em outros mercados, o Kospi subiu 1,78%; o Taiex, 0,67%; o Straits Times recuou 0,08%; e o S&P/ASX 200, na Austrália, avançou 0,27%. Dólar freepik